CONSTELAÇÃO FAMILIAR SEGUNDO BERT HELLINGER

Eu conheci as Constelações Familiares Sistêmicas em 2017 e senti que era um caminho para o meu autoconhecimento. Em janeiro de 2019 descobri um câncer na mama esquerda e em busca de autoconhecimento e querer achar respostas para o surgimento da doença, como também dificuldades nos relacionamentos e fracassos na minha vida, decidi estudar sobre Constelação Familiar Sistêmica. Surgiu um questionamento: Como estar a serviço da vida? Em busca de respostas, pesquisei livros, artigos e vídeos digitais, sobre Constelação Familiar Sistêmica. As pesquisas, as aulas presenciais e a participação das vivências das práticas colaboraram para a produção deste texto. QUEM FOI BERT HELLINGER E O QUE É CONSTELAÇÃO FAMILIAR? Bert Hellinger, alemão, foi um renomado psicanalista, psicoterapeuta sistêmico, poeta, filósofo e autor. Criador, ao longo de muitos anos de prática clínica, de um verdadeiro modelo de psicoterapia psicanalista na qual o espiritual, a energia primal e a ancestralidade terapeuticamente confluem em um sistema relacionado que forma gerações de trabalho em grupo. Seu método de constelações familiares revolucionou o campo da psicologia na Europa e agora está sendo reconhecido no Brasil. Aos 10 anos, ele deixou sua família para frequentar uma escola católica e mais tarde foi ordenado para a África do Sul, como missionário. Em 1942, Hellinger foi convocado para o exército alemão regular. Ele viu o combate na frente ocidental. Em 1945, ele foi capturado e aprisionado em um campo de prisioneiros aliados na Bélgica. Depois de escapar do campo de prisioneiro, Hellinger fez o seu caminho de volta para a Alemanha. Entrou numa ordem religiosa católica, recebendo o nome religioso de Suitbert, que é a fonte de seu primeiro nome “Bert”. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Wüzburg, a caminho de sua ordenação como sacerdote. No início de 1950, foi enviado à África do Sul e designado como missionário para os Zulus. Lá continuou seus estudos na Universidade de Pietemaritzburg e na Universidade da África do Sul, onde recebeu um Diploma de Ensino, que lhe confere o direito de ensinar em escolas públicas. Hellinger viveu na África do Sul por 16 anos. Durante esses anos serviu como pároco, professor e também foi diretor de uma grande escola para os estudantes africanos. Além disso, tinha a responsabilidade administrativa do distrito diocesano, contendo 150 escolas. Ele se interessou pela cultura do povo e se tornou fluente na língua zulu, participou em seus rituais e ganhou o apreço pela sua visão distinta de mundo. Sua participação em uma série de eventos inter-raciais ecumênica na dinâmica de grupo, liderado pelo clero anglicano da África do Sul no início dos anos 1960, estabeleceu as bases para sua saída do sacerdócio católico. Começou a trabalhar com uma orientação fenomenológico e estava preocupado com o reconhecimento do que é essencial e se manifesta sem intenção, sem medo, sem preconceitos, confiando apenas no que aparece. Estava profundamente impressionado pela forma como os seus estudos mostravam que era possível reconciliar opostos através do respeito mútuo. O início de seu interesse em fenomenologia coincidiu com o fato de deixar o sacerdócio e assumir o casamento com a sua primeira esposa. Sua prática tem se expandido bastante para além do âmbito familiar, tendo alcançado as organizações e as escolas com a abordagem sistêmica pedagógica. Na América Central,no México, o trabalho de Bert Hellinger ocupou espaço no campo universitário, constando como disciplina na graduação de psicologia, além da pós-graduação, onde já existem cursos de Especialização, mestrado e Doutorado com foco na abordagem sistêmica de Bert Hellinger. Bert Heling desenvolveu um trabalho filosófico e terapêutico que o cliente coloca em cena pessoas desconhecidas para que representem seu sistema familiar e essas pessoas, sem informações precedentes, usam palavras e vivenciam sentimentos semelhantes aos dos familiares, e até mesmo, eventualmente, refletem os seus sintomas. Este método traz a luz os sistemas familiares e seus emaranhamentos, que podem ser causadores de muitas doenças, dificuldades, fracassos, depressões, fobias e outros transtornos na vida das pessoas. Bert compartilha através da Constelação Familiar Sistêmica que por amor, fidelidade e lealdade à família, quando um antepassado deixa situações por resolver, as gerações seguintes expressarão sentimentos e comportamentos fundamentados na situação antecedente. Eles estão “emaranhados”, por assim dizer, prisioneiros a eventos e fatos pelos quais não são responsáveis e nem sequer tem conhecimento. Essa é a herança afetiva transgeracional que acaba por criar sequências de destinos trágicos. Questões mal resolvidas e mágoas acumuladas entre parentes, mesmo envolvendo aqueles que já partiram há tempos, podem gerar dor, sofrimento e ruídos nos relacionamentos que atravessam gerações. Para romper esse ciclo penoso, muitos defendem que a técnica da Constelação Familiar Sistêmica pode ser um recurso benéfico, rápido e eficiente.... (NORONHA, 2020) Os benefícios da Constelação Familiar Sistêmica são promovidos de forma consciente e também inconsciente, equilibrando cargas e hierarquias, quebrando as repetições de padrões, solucionando conflitos e permitindo que cada um esteja em seu lugar e siga em frente. REFERÊNCIAS: BACARDÍ, Joan Garrida. Onde estão as moedas? As chaves dos vínculos entre pais e filhos. Campinas, SP: Saberes Editora, 2011. BOFF, Leonardo. Ética e Moral: a busca dos fundamentos. 2ª Ed. Editora Vozes. Petrópolis: 2003. GANDRA, Alana. Mais de 392 mil bebês nascerão durante o dia de hoje em todo o globo. No Brasil, estimativa é de oito mil nascimentos no primeiro dia do ano. Publicado em 01/01/2020 - 18:00 - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro. Disponível em < https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-01/mais-de-392-mil-bebes-nascerao-durante-o-dia-de-hoje-em-todo-o-globo>. Acesso dia 23/06/2020 HELLINGER, Bert; HÖVEL, Gabriele Ten. Constelações familiares. O reconhecimento das ordens do amor. São Paulo: Cutrix, 2007. SEDICIAS, Drª. Sheila. Principais causas de morte no parto. Última atualização da página: 13/10/2017. Disponível em: Acesso 23 de junho de 2020. PEREZ, Cleia Mara. Constelação familiar segredos revelados. – 1.ed. – Curitiba: Appris, 2016. .

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